Garotas de Tóquio foi o primeiro quadrinho que comprei da coleção adulta intitulada Eros da editora Conrad. Gosto de quadrinhos alternativos e quando a Conrad trouxe para o Brasil títulos como esse fiquei bem feliz.
O quadrinho foi feito pelo artista francês Frédéric Boilet, que é um dos poucos quadrinistas ocidentais que é bem aceito no japão. Frédéric já obteve dois prêmios no Festival Internacional de Quadrinhos de Angoulême, na França, um dos mais importantes do mundo.
O autor conta sete histórias, que são mais sensuais do que eróticas, tem desenhos de sexo explícito, mas a ambientação que Frederic dá não é para mexer com a excitação da pessoa, e é o que acaba acontecendo. Boilet mostra mais aspectos da relação sentimental entre ele e a garota. Sabe aquela conversa depois ou antes do sexo?! Então...
A história por trás do quadrinho é que ele fez anúncios em jornais procurando modelos para serem desenhadas e cada historieta mostra como foi a “entrevista” com as moças. Elas são filmadas, fotografadas e, depois desenhadas. Sempre misturando fotografia e desenho, experimentando diferentes cores e intensidades, Boilet mostra que a relação das japonesas com a sexualidade é diferente daquela que as mulheres européias (ou mesmo brasileiras) possuem. Não há a relação sexo–culpa. No máximo, vergonha; que fica evidente, talvez, em Gansos Brancos e Pintas Escondidas, a história da modelo que não quer ser identificada pelos pais ou namorado. Gansos Brancos e Pintas Escondidas é, também, a história mais “desenhada”, em relação às outras.
As modelos não são mulheres super gostosas, lindas e produzidas. São mulheres normais, e quando Boilet as desenha ele não tira nem modifica isso. Mostrando-as com seus defeitos e qualidades e mesmo assim, encantadoras. Elas possuem vidas comuns e desejos sexuais. Em algumas histórias, é isso mesmo que o desenhista-personagem pede delas: que explorem seus desejos. E por que mais estariam ali, se não fosse, inicialmente, o desejo exibicionista delas e o voyeurismo dele?
Seu traço, ou jeito como encaixa fotos e desenhos faz parecer para o leitor que os quadrinhos são flashs das lembranças que desenhista guardou. Isso deixa o quadrinho ainda mais "sensual". Que em todo momento, mesmo mostrando e falando de sexo, não é esse o assunto principal, e sim o relacionamento, o sentimento, e principalmente a singularidade de cada mulher.
Frédéric Boilet é precursor do movimento que ele chama de nouvelle, em referência ao nouvelle vague, do cinema francês. O movimento é uma tentativa de diminuir a distância entre os quadrinhos de diferentes nacionalidades.
Garotas de Tóquio foi lançado por aqui em 2006, pela editora Conrad e pode ser comprada pela loja oficial da editora pela bagatela de R$16,10.
O quadrinho foi feito pelo artista francês Frédéric Boilet, que é um dos poucos quadrinistas ocidentais que é bem aceito no japão. Frédéric já obteve dois prêmios no Festival Internacional de Quadrinhos de Angoulême, na França, um dos mais importantes do mundo.
O autor conta sete histórias, que são mais sensuais do que eróticas, tem desenhos de sexo explícito, mas a ambientação que Frederic dá não é para mexer com a excitação da pessoa, e é o que acaba acontecendo. Boilet mostra mais aspectos da relação sentimental entre ele e a garota. Sabe aquela conversa depois ou antes do sexo?! Então...
A história por trás do quadrinho é que ele fez anúncios em jornais procurando modelos para serem desenhadas e cada historieta mostra como foi a “entrevista” com as moças. Elas são filmadas, fotografadas e, depois desenhadas. Sempre misturando fotografia e desenho, experimentando diferentes cores e intensidades, Boilet mostra que a relação das japonesas com a sexualidade é diferente daquela que as mulheres européias (ou mesmo brasileiras) possuem. Não há a relação sexo–culpa. No máximo, vergonha; que fica evidente, talvez, em Gansos Brancos e Pintas Escondidas, a história da modelo que não quer ser identificada pelos pais ou namorado. Gansos Brancos e Pintas Escondidas é, também, a história mais “desenhada”, em relação às outras.
As modelos não são mulheres super gostosas, lindas e produzidas. São mulheres normais, e quando Boilet as desenha ele não tira nem modifica isso. Mostrando-as com seus defeitos e qualidades e mesmo assim, encantadoras. Elas possuem vidas comuns e desejos sexuais. Em algumas histórias, é isso mesmo que o desenhista-personagem pede delas: que explorem seus desejos. E por que mais estariam ali, se não fosse, inicialmente, o desejo exibicionista delas e o voyeurismo dele?
Seu traço, ou jeito como encaixa fotos e desenhos faz parecer para o leitor que os quadrinhos são flashs das lembranças que desenhista guardou. Isso deixa o quadrinho ainda mais "sensual". Que em todo momento, mesmo mostrando e falando de sexo, não é esse o assunto principal, e sim o relacionamento, o sentimento, e principalmente a singularidade de cada mulher.
Frédéric Boilet é precursor do movimento que ele chama de nouvelle, em referência ao nouvelle vague, do cinema francês. O movimento é uma tentativa de diminuir a distância entre os quadrinhos de diferentes nacionalidades.
Garotas de Tóquio foi lançado por aqui em 2006, pela editora Conrad e pode ser comprada pela loja oficial da editora pela bagatela de R$16,10.
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